
Para os organizadores, as fotos 'falam dos efeitos prejudiciais e muitas vezes irreversíveis de explorar os recursos do planeta e refletem os impactos imediatos e de longo prazo de modelos de desenvolvimento insustentáveis em comunidades em todo o globo'.

Muitas fotos chamam atenção para a fonte de recursos que a sociedade consome diariamente sem questionar a origem. Em sua série sobre pedreiras de mármore em Portugal, Itália e na Índia, o fotógrafo canadense Edward Burtynsky procura mostrar a 'realidade longínqua das paisagens industriais'.

O israelense Nadav Kandar quis mostrar a relação do ser humano com as grandes construções na China. Sua série sobre os 6,5 mil quilômetros do rio Yangtze, ao longo do qual vivem mais pessoas que nos EUA, retratou famílias sob os viadutos sombrios e o ar cinzento da cidade portuária de Chongqing.

O vencedor do prêmio será conhecido em uma cerimônia marcada para o dia 22 de outubro, à qual comparecerá o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, presidente honorário do prêmio. Até lá, os trabalhos dos finalistas serão exibidos em galerias de arte em Paris, Londres e Genebra.

O fotógrafo japonês Naoya Hatakeyama explora a construção de túneis e metrôs. As fotos chamam atenção pelo olhar nos detalhes, como a plástica dos ângulos e dos processos naturais. Para o artista, estes são 'espaços escondidos na cidade, alienígenas para a maioria dos residentes'.

O ciclo de consumo, destruição e violência é explorado pelo canadense Christopher Anderson, que já foi indicado ao prestigiado prêmio Pulitzer de jornalismo. Sobre sua série fotografada na Venezuela, ele diz: 'enquanto o agronegócio fatura, falta comida para grande parte da população'.

Para o diretor do júri do concurso, Francis Hodgson, o tema deste ano 'foi interpretado em tremenda variedade e vigor'. 'Seja registrando o desenvolvimento em detalhes ou buscando, de maneira mais ampla, estimular o debate, os fotógrafos alcançaram um alto nível de impacto', afirmou.
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