Waltercio Caldas desafia a visão em nove instalações expostas no Museu Vale

Waltercio Caldas reconhece o olho como o principal órgão de percepção das artes visuais, mas não se contenta com o que ele pode oferecer. Talvez por isso suas obras se comportem como jogos ópticos.

O espectador da obra do artista carioca é sempre convidado a recriar seus modos de olhar. Para isso, deve contar com uma boa dose de humor, a ser descoberto em trabalhos como "Ping-Ping", que propõe uma partida pingue-pongue jogada por cegos; ou em "Maçãs Falsas", que desafia o espectador a descobrir quais são as maçãs reais e quais são as suas imagens em um labirinto de vidros e reflexos; ou em "Sala para Velázquez", que contém um livro sobre o pintor espanhol com imagens e textos reproduzidos fora de foco. As nove instalações expostas no Museu Vale - cinco inéditas no Brasil - precipitam "abismos para o olhar", segundo o curador Paulo Venâncio Filho.


ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
Waltercio Caldas e "Ping-Ping", jogo para cegos


LABIRINTO DE IMAGENS
Transparências criam ilusões na obra "Maçãs Falsas"


ILEGÍVEL
Reproduções desfocadas da tela de Velázquez dificultam a leitura



Air bag no cinto


União de tecnologias aumenta a segurança e pode mudar o comportamento dos passageiros dos automóveis.



Arte de Lixo




A artista britânica Jane Perkins cria retratos usando objetos pessoais que não possuem valor e são jogados fora pelas pessoas.

Ela conta que a inspiração veio da obra de cabeleireiros equatorianos que descobriu quando pesquisava sobre arte a partir de materiais recicláveis. Os cabeleireiros do Equador usam diversos tipos de objetos brilhantes e estranhos para adornar penteados.

Desde 2008, a artista trabalha com esse tipo de arte.